![Ficar em casa nos fins de semana.](https://www.interessantesaber.com.br/wp-content/uploads/2020/01/ficar-em-casa-aos-fins-de-semana.jpg)
Ficar em casa nos fins de semana não é mais vergonha. Entenda o novo rolê dos jovens
Basta se aproximar o fim de semana e começamos a ver pipocar diversas postagens com #sextou nas redes sociais. A novidade é que a curtição agora não se limita apenas a sair, dançar e beber com os amigos. Ficar em casa e ter um tempo só seu deixou de ser motivo de vergonha. Netflix, vinho, roupas confortáveis, cuidado pessoal e outros mimos fazem parte da nova modalidade.
Veja também:
- Instagram é a rede social mais prejudicial à saúde mental.
- Às vezes a vida é como tomar sopa de garfo.
As vantagens de ficar em casa
Quem saiu na sexta à noite, cansado depois de uma semana inteira de trabalho, gastou para entrar na balada e beber drinques com preços abusivos, só para acordar de ressaca no dia seguinte, não parece ter tirado muita vantagem da saída, né?
![](https://www.interessantesaber.com.br/wp-content/uploads/2020/01/em-casa-no-fim-de-semana.jpg)
Existem tantas boas opções para se divertir online sozinho, que para muitos sair de casa pode parecer até desnecessário. A 19° Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2018-2022 da PwC, que analisou os gastos dos consumidores e anunciantes em 15 segmentos de entretenimento e mídia em 53 países, mostra que o peso da internet na diversão já é grande, e não deve parar de crescer.
Segundo o estudo, em 2017, 37% dos gastos do consumidor com entretenimento e mídia foram destinados ao acesso à internet. Em 2022, serão mais de 50%. Games e e-sports puxam esse crescimento.
Os jovens estão saindo menos
Nos Estados Unidos, uma pesquisa da Mintel (agência de inteligência de marketing) aponta que o rolê dos millennials é bem mais caseiro do que o da geração dos baby boomers. Entre aqueles com idades de 24 a 31 anos, 28% disseram que preferem beber em casa, porque sair dá muito trabalho. Em contraste, apenas 15% daqueles de 54 a 72 anos concordam que é muito esforço sair para beber.
![](https://www.interessantesaber.com.br/wp-content/uploads/2020/01/os-jovens-estão-saindo-menos.jpg)
As opções de entretenimento solo estão aumentando. Hoje em dia não é preciso nem passar do portão para comer, beber, conversar com os amigos ou paquerar. Aliás, não é preciso nem sair do sofá.
Por que isso acontece?
Será que os apps estão diminuindo nossa necessidade (e vontade) de sair de casa, ou eles são uma resposta do mercado à demanda dos consumidores? A psicóloga Josie Conti ressalta que ficar em casa é uma forma de proteção, tanto para escapar da violência quanto contra os desafios comportamentais que possam surgir na interação com o outro.
“A casa é como um útero, o local mais seguro, mais confortável, onde ninguém está me confrontando. É uma delícia, mas também pode representar medo e falta de adaptabilidade em lidar com o mundo”, afirma. Pelo celular, dá para se manter com mais facilidade dentro das bolhas (sempre elas). Mas isso vem se espalhando também no “mundo real”.
O isolamento, quando passa dos limites, precisa ter o acompanhamento de uma ajuda especializada para que a pessoa possa voltar a ter uma vida social saudável.