Curiosidades sobre a chapa de raio x
Chapas de raio x contêm diversos elementos tóxicos, e é muito importante ter atenção no manuseio e descarte.
O raio x é um exame indicado para diferentes fins, sendo muito realizado para diagnósticos de condições diversas como fraturas ósseas, infecções e inflamações. Devido aos usos variados do exame, ele está entre os mais solicitados nas consultas médicas.
Apesar de muito comum, nem sempre os pacientes têm consciência da composição da chapa de raio x ou como ela deve ser armazenada e descartada.
Qual material é usado na chapa de raio x?
A chapa de raio x é semelhante aos negativos de filmes fotográficos e contém elementos tóxicos perigosos à saúde.
Para que a imagem seja visível, utiliza-se uma chapa com a base feita de acetato, sendo que na revelação do filme ocorre a interação dessa substância com outras, como a reação de uma película de grãos de prata com a hidroquinona, que consiste em um componente revelador.
Posteriormente, a película é submersa em um banho de carbonato de sódio e de bissulfito de sódio, substâncias que evitam a decomposição da hidroquinona. A durabilidade da imagem é possível por meio de uma solução fixadora de tiossulfato de amônio, sulfato de sódio ou EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético).
Essas substâncias fazem a remoção do excesso de prata da película que poderia reagir em contato com a luz e prejudicar a clareza da imagem obtida. Por fim, a chapa é lavada para remover vestígios dos produtos químicos que poderiam comprometer a película e, posteriormente, ocorre a secagem.
Esse é o processo de revelação que faz com que a chapa de raio x tenha diversos elementos tóxicos. Entre os elementos presentes estão:
- acetato;
- prata;
- metanol;
- amônia;
- cromo;
- brometo;
- solventes orgânicos.
A exposição a esses elementos é prejudicial à saúde, sendo que os metais pesados têm efeito acumulativo, de forma que as pessoas expostas em grande medida podem desenvolver problemas de saúde como renais, gastrointestinais, respiratórios, dermatológicos, motores e neurológicos.
Apesar desses riscos, a simples realização e manuseio de uma chapa de raio x, quando realizados corretamente, não implicam nesses riscos aos pacientes. A exposição excessiva ocorre quando os itens são incorretamente mantidos ou descartados.
Para manter o raio x guardado em casa é importante que o paciente o mantenha dentro de um envelope de papel ou plástico, longe da umidade e em temperatura ambiente, pois o calor excessivo contribui para a formação de gases perigosos à saúde.
Como deve ser feito o descarte desse item?
A reciclagem das chapas de raio x ainda é muito aquém do necessário, mas é relevante que os pacientes desenvolvam a consciência da importância do descarte correto desses itens.
Quando em contato com o solo, no caso de descarte em aterro, a chapa de raio x pode causar a contaminação do lençol freático e do solo, pois os elementos tóxicos começam a se desprender da chapa e a contaminar o local.
Por essas razões, é fundamental que seja realizado o descarte correto com empresas especializadas. Em geral, elas fazem o reaproveitamento da prata e do plástico presentes nas chapas e fazem a lavagem e tratamento da água contaminada com os demais elementos tóxicos.
Quando realizar o descarte da chapa de raio x?
Ainda que a chapa de raio x contenha diversos elementos prejudiciais à saúde, o paciente não corre riscos ao manter esse documento médico guardado em casa, portanto, não é necessário descartar o raio x com esse tipo de receio.
O mais recomendado é que exames importantes ou que contribuam para formação do histórico médico do paciente sejam mantidos. Exames antigos são fundamentais para avaliar a evolução ou remissão de uma doença, por exemplo, contribuindo significativamente nos tratamentos médicos.
Dessa forma, o descarte das chapas de raio x só é indicado quando o exame não tem a contribuir para esse tipo de investigação clínica.
Como a tecnologia contribui para esse fator?
Atualmente, a tecnologia tem contribuído imensamente para a menor necessidade de impressão das chapas de raio x, minimizando a exposição a esses componentes tóxicos e também os riscos ao meio ambiente relacionados ao descarte incorreto.
Os novos exames permitem a geração de imagens digitais que têm uma resolução maior e que podem ser observadas diretamente na tela do computador. Os resultados, por sua vez, podem ser armazenados duradouramente em servidores, pen drives e CDs, não exigindo mais a impressão da chapa.
Além disso, os laudos a distância tornam-se uma solução mais comum. Nesses casos, o exame de imagem é gerado apenas no ambiente digital e enviado para ser laudado pela empresa parceira pela internet.
Os laudos médicos, assim como as imagens, são enviados também pela internet, eximindo a necessidade de impressão ao mesmo tempo em que garante a agilidade, qualidade e eficiência do processo de realização de exame, emissão do laudo a distância e diagnóstico do paciente.