
Como é Escolhido o Novo Papa? Os Segredos do Conclave
Antes de mais nada a eleição de um novo Papa é um dos eventos mais solenes e simbólicos da Igreja Católica. Assim sendo é um processo repleto de rituais que remontam a séculos. Mas afinal, quem escolhe o Papa, como isso acontece e por que tanto mistério envolve o conclave?
Descubra tudo a seguir!
📜 O que é o conclave?
A palavra conclave vem do latim cum clave, que significa “com chave”. Isso porque, desde a Idade Média, os cardeais eleitores são trancados em um local isolado (geralmente na Capela Sistina, no Vaticano) até que cheguem a um consenso sobre quem será o novo líder da Igreja.
👥 Quem vota na escolha do Papa?
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Apenas cardeais com menos de 80 anos podem votar.
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O número de eleitores costuma ficar entre 110 e 120 cardeais.
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Todos os eleitores são, em teoria, candidatos — embora na prática, existam nomes favoritos (os chamados papáveis).
🗳️ Como funciona a votação?
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Os cardeais fazem juras de segredo absoluto.
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A votação é manual e secreta, com cédulas de papel.
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Para ser eleito, um cardeal precisa de 2/3 dos votos.
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São realizadas quatro votações por dia (duas pela manhã e duas à tarde).
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Após cada rodada, as cédulas são queimadas em uma lareira especial:
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Fumaça preta (misturada com substâncias químicas) significa: sem decisão ainda.
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Fumaça branca indica: temos um novo Papa!
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⛪ O que acontece após a eleição?
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O cardeal eleito é perguntado: “Aceita sua eleição como Sumo Pontífice?”
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Se ele aceitar, escolhe um novo nome papal (ex: João Paulo, Francisco).
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Em seguida, veste-se com as vestes papais e aparece na varanda da Basílica de São Pedro.
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Um cardeal anuncia ao povo com a famosa frase:
“Habemus Papam!” (Temos um Papa!)
🎩 Curiosidade histórica:
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O conclave mais longo da história moderna durou 33 meses, no século XIII.
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O mais curto durou um dia, como o que elegeu João Paulo I, em 1978.
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Nenhum Papa pode votar em si mesmo — mas já houve casos de eleitores votarem no colega ao lado e serem surpreendidos com a própria eleição.
🙏 Um evento de fé, mas também de diplomacia
Como resultado apesar de ser um ato religioso, o conclave envolve questões políticas, geográficas e sociais. Portanto o novo Papa precisa reunir qualidades espirituais, capacidade de liderança e visão para guiar mais de 1 bilhão de católicos pelo mundo.